Precisamos entender quais são as hipóteses que os alunos elaboram e, consequentemente, o que sabem e não sabem ainda sobre a escrita alfabética, sobre as propriedades do SEA e sobre a consciência fonológica, para, assim, sabermos os tipos de intervenção didática que podemos, de maneira construtiva, problematizadora e esclarecedora, utilizar para ajudá-los a percorrer esses caminhos. Se assim fizermos, teremos, para Morais, Albuquerque e Leal (2005, p. 91), “construído um belo perfil conquanto professor(a) alfabetizador(a)”.
Pensando no que queremos naquele momento da aula e em como atuar com todas as crianças ao mesmo tempo, atendendo às diferentes demandas e as auxiliando, podemos propor situações didáticas em grande grupo; situações didáticas em pequenos grupos, com e sem variação de atividades; situações didáticas realizadas em duplas e situações didáticas em que as atividades são realizadas individualmente.
De modo que, “se estivermos fazendo muito um só tipo de atividade, podemos atingir um grupo de alunos que está percorrendo o caminho da alfabetização numa direção e não atingir outro grupo de alunos que caminha em outra direção. Dessa forma, essa variação precisa ser tomada como foco de reflexão pelo(a) professor(a) no momento em que faz seu planejamento”. (MORAIS; ALBUQUERQUE; LEAL, 2005, p. 108-109).
Referência:
MORAIS, Artur Gomes de; ALBUQUERQUE, Eliana Borges Correia de; LEAL Telma Ferraz. (org.). Alfabetização: apropriação do sistema de escrita alfabética. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. p. 91-109.