Quando falamos em alfabetizar letrando, precisamos entender que esse processo parte da nossa língua materna, o português brasileiro. É comum chamarmos, ainda hoje, nossa língua simplesmente de português, Bagno (2013, p. 30) nos ensina que esse rótulo não pode nos iludir “brasileiros e portugueses falam duas línguas diferentes, muito aparentes, é claro, mas com elementos gramaticais suficientemente distintos para que sejam consideradas como duas línguas”.
Se voltarmos nosso olhar para a história de nossa sociedade, perceberemos que durante muitos anos o Brasil viveu um processo colonial e como tal, sabemos que “a independência de uma ex-colônia não se obtém apenas por decreto: é necessário também um longo processo de descolonização dos hábitos, das mentalidades, dos mitos culturais que tiveram tanto tempo para se arraigar entre nós”. (BAGNO, 2013, p. 26).
Referência:
BAGNO, Marcos. Gramática de bolso do português brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2013. p. 26-30.